domingo, 4 de outubro de 2020

A Poesia do Medo - O Padecedor

Lá vem ele, caminhando
Se arrastando a passos lentos
Os sinos estão soando
E seus ouvidos estão atentos

Os violinos estão tocando
Uma bela e fria canção
Em um tom penoso e angustiante
Ideal para seu funesto coração

E aquele clima sinistro
Fúnebre, quase mortal
Lhe conforta as partes mais obscuras da alma
Traz-lhe alguma felicidade imoral

Trajado em preto ele se apressa
Antes que termine o seu evento
Aquele tão aguardado 
Aquele que lhe traz alento

O Padecedor se vai pelas sombras
A caminho da necrópole
Seu santuário pessoal
Seu sinônimo de paraíso

E aquele que o encarar
Será o próximo a sepultar
Naquele cemitério sombrio
O qual ele vai visitar

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